segunda-feira, 12 de novembro de 2012

ILUMINAÇÃO COMERCIAL - PERFILADOS

QUE SE FAÇA A LUZ


Ao vermos a iluminação de um estabelecimento acesa comumente não nos preocupamos em saber como se chegou a esse resultado.


Mas aqueles que participam desse tipo de processo são críticos atentos aos detalhes.

Muitas são as formas possíveis para tal, no entanto deve haver um acompanhamento conciso e profissional dos envolvidos a fim de garantir uma instalação segura e funcional.



Muito comum, são algumas pessoas questionarem a disposição e forma de execução dos trabalhos, principalmente quando estão envolvidas com os valores do projeto. Contudo todo projeto segue técnicas e normas que devem ser respeitadas e apreciadas.

Todo trabalho deve ser otimizado, para tanto além das revisões de projetos durante a execução dos trabalhos o "As-built" no final da obra é muito importante para transpor as adequações á documentação da obra, bem como aos novos projetos, e á medida em que a experiência se acumula temos um rendimento maior nas etapas do serviço.

Segue então alguns comentários sobre os principais componentes e trabalhos envolvidos na etapa de infra-estrutura elétrica e de lógica onde concorrem circuitos de antena, áudio, CFTV, além dos circuitos elétricos.

Esse trabalho em especial teve um grau de dificuldade relativamente alto devido ao prédio ter um pé direito de 9m no pico sendo que a parte livre de interferência para os andaimes era abaixo de 6 metros.


Como cada lance do andaime é de 1 metro, somando os 35 cm das rodas as torres ficam com 5,35m, ou 6,35m, ou 7,35, e mantém essa proporção. Dessa forma em todos os vãos de treliças que tínhamos que ultrapassar descíamos as peças até chegar a cinco lances (5,35m). Na maior parte dos trechos os trabalhos eram realizados com 6 ou 7 metros de altura.


A segurança dos profissionais envolvidos nesse tipo de trabalho deve ser constantemente monitorada, não esquecendo as tarefas de içamento de carga.

O custo de equipamentos como corda e cinto de segurança não é alto, principalmente em relação á praticidade e á valorização da vida humana e deve sempre ser encarado como um investimento. A falta de investimento e a banalização desses itens deve ser considerada acima de tudo um desrespeito com os profissionais e a própria condição de gestor. Além de ser crime perante a justiça do trabalho e civil.

Além dos treinamentos referentes á área como NR-10, a orientação pelo líder da equipe é fundamental para estabelecer uma métrica de trabalho capaz de minimizar os riscos.

Todo tempo gasto em planejamento é claramente satisfatório e determinante na contenção de imprevistos e acidentes, que mesmo assim causam algumas surpresas e quase sempre por falha humana.



A utilização de andaimes apropriados é uma questão das mais importantes. Esse foi um dos fatores de maior desgaste da equipe.


Apesar de não oferecer riscos estruturais, no que se refere ao deslocamento das torres, a má conservação das rodas era um agravante, além da desmontagem das peças ser difícil, havia um uso demasiado da força e da marreta, o que sempre é motivo de apreensão quando se está no alto.

Para manter a estrura de calhas e perfilados na altura necessária (5,80m), foram utilizados vergalhões de 5/16" sustentados por um dispositivo apresentado como "jacaré", peça fundamental nesse trabalho já que a estrutura do telhado era toda feita de cantoneiras ou de vigas tipo"U" em posições variadas.

Para otimizar a fixação do vergalhão era necessário a todo lance entre as travessas do telhado fazer a regulagem do nível e altura dos ganchos.

Uma ferramenta fundamental para esse trabalho é o nível laser.

Basta imaginar que na falta do nível laser, teríamos que esticar uma linha no sentido dos perfilados, no entanto as travessas da estrutura do telhado são perpendiculares a estas,e para seguir a linha passando de um vão para o outro seria necessário desmontar no mínimo 2 lances do andaime. São 6 lances de telhado e 7 linhas de perfilados e calhas entre elétrica e lógica. Seria menos trabalhoso tirar e esticar a linha a cada lance longitudinal dos perfilados para correr o andaime de lado (no mesmo vão de telhado) do que armar e desarmar as peças do andaime.

O alinhamento do telhado também era comprometido pela irregularidade da lateral do terreno que era levemente curvo e acompanhado pelas paredes.


Tinhamos trechos em particular que além de sustentar a linha de calhas seriam pendurados televisores, dessa forma foram necessários reforços na sustentação acrescentando um vergalhão para cada televisor.

Os trabalhos mais difíceis eram relacionados á montagem do conjunto de ganchos.

Foram instalados cerca de 120 ganchos dos quais a cada 4 ou 6 peças era necessárias desmontar dois ou três lances do andaime para remanejá-lo.



A maior parte do tempo gasto e do desgaste da equipe, se deu pela montagem e desmontagem dos andaimes. Na ultima semana foram trazidos andaimes daquele tipo “classe A", o que facilitou o desdobramento dos trabalhos possibilitando até uma jornada maior sem onerar o físico e o emocional dos colegas.


Em trabalhos posteriores foi grandemente acentuada a exigência sobre a qualidade dos andaimes, apesar de geralmente serem realizados trabalhos a pouca altura

De um total previsto de 7 dias para instalação da infra estrutura de calhas e perfilados do andar térreo, foram gastos 8 dias apenas na instalação do conjunto de gancho / jacaré e vergalhão, utilizando duas torres de andaime com quatro integrantes no total.

A montagem das peças e conexões de calhas e perfilados não são segredo para a maioria dos profissionais e ajudantes da área.

No final dos trabalhos ainda trocamos dois perfilados inteiros (12m) que ficaram tortos pela ação dos outros andaimes (como a da pintura por exemplo) se enroscando neles. Faz parte.

Isso ocorreu depois de já instalada a fiação e as luminárias que não davam alinhamento por causa disso.

No final das contas tudo ficou alinhado e firme. O serviço calculado em 10 dias no total foi realizado em 17 dias, contando também com um aditivo nos trabalhos na ordem de 10%.

Como a logística de outros trabalhos também havia sido prejudicada por outros fatores, como mudanças no projeto, fornecimento de materiais (a obra foi em Campinas e alguns fornecedores eram em São Paulo) e até mesmo os feriados (entregas diversas), os da elétrica não prejudicaram o cronograma, ficando o cliente e a construtora satisfeita considerando as dificuldades além do previsto, porém não fora da realidade de uma obra tão dinâmica quanto esta.

Claro que as custas foram elevadas, mas não tive prejuízos e dividas relevantes. Não houve lucro, porém as soluções implantadas nesse projeto foram de grande valia não apenas para nossa equipe, mas como foi exclamado por outros, para toda a equipe da construtora e projetistas envolvidos.

No mais, a melhor seleção da mão de obra e o uso de ferramentas e acessórios de melhor qualidade e na quantidade necessária, são fatores que fazem a diferença na hora de encarar as tarefas que se apresentam por mais inesperadas que sejam.

O profissionalismo da equipe é que prevalece no final de cada missão com a certeza da satisfação não apenas do cliente, mas de todos os envolvidos nesse processo.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

INSTALAÇÃO PONTO DE TV

Quando se compra uma casa nova é fato que algumas coisas serão modificadas. É uma forma de personalizar aquilo que é nosso.


Não é diferente quando o cliente compra um apartamento. A pintura, o banheiro, o gesso e a iluminação são alguns dos pontos mais alterados nos projetos de “revitalização” dos arquitetos e designers. Não há como deixar de fora o glorioso ponto da TV de plasma.


A maior dificuldade deste ponto muitas vezes, é a necessidade da passagem de cabos prontos como o HDMI e o VGA. Nem sempre é possível implantar uma tubulação de 2”. Nesse caso o tubo de 1” já ajuda. Só não podemos esquecer de separar a elétrica, até um de ½” serve.


Nessas imagens temos um ponto instalado de forma a posicionar a TV de Plasma na configuração fornecida pelo cliente.
O ponto deve ser colocado deslocado do centro da TV sem se afastar muito a fim de permitir o alinhamento com os conectores da TV.


É importante saber o modelo e fabricante da TV para conhecer o lado dos conectores


Não há cota definida no projeto para esse ponto, apenas os 130cm de altura do piso acabado, nesse caso calculado em 2 cm.


Para criar um ambiente dedicado ao lazer e entretenimento máximo oferecido TV, é claro, o som é fundamental.
O cliente teve a feliz atitude de investir numa aparelhagem de som profissional com caixas de som embutidas no gesso, e mais, o receiver adquirido é um modelo de tem a função ZONA 2 independente.

A função ZONA 2 é a opção que o usuário tem de transformar o seu home theater 7.1 em um 5.1 com um canal para som ambiente(canal estéreo). Na maioria dos equipamentos você controla o volume da ZONA 2 independente da ZONA 1, porem o som dos dois canais é o mesmo.

Nesse caso cada canal pode reproduzir um som independente, por exemplo: ouvir um DVD ou Blue-ray na sala (ZONA 1) e ouvir rádio no restante da casa (ZONA 2).

Pra ficar melhor foi instalado um amplificador de potencia na saida do zona 2 permitindo assim potencia para sonorizar a casa toda com som estéreo e controladores de volume na parde dos cômodos atendidos.

A suite parece uma discoteca.


Impressionante mesmo é na hora da "balada" o som ambiente num volume agradável e na sala as batidas quase quebrando o gesso.

Para a implementação dos controladores de volume foi necessário criar caixinhas de profundidade dupla. Um casador de impedância foi empregado na saída do amplificador a fim de equalizar a resistência dos canais.



É isso ai, além de ser um trabalho com uma boa dose de dificuldade técnica, foi um prazer testar a instalação e a potencia do sistema instalado.



Foram investidos cerca de R$7.500 em materiais e equipamentos além de R$2.800 de mão de obra (incluindo projeto e assessoria para orçamento e compra) .

Até mais.

sábado, 3 de setembro de 2011

TOMADA NOVO PADRÃO BRASILEIRO - POLARIDADE DO NEUTRO

Novo padrão brasileiro – sem mistérios

Quando fazemos as mesmas tarefas repetidas vezes, adquirimos pratica e desenvoltura na execução dos trabalhos. Para quem lida diariamente com a instalação de tomadas, em especial as do novo padrão brasileiro, o hábito da instalação já não mostra uma dúvida comum de muitos profissionais e iniciantes que se confundem com a polaridade do neutro.

Mais comum do que se imagina, muitos já me perguntaram a respeito.

Utilizar o padrão antigo (NEMA 5P) para comparação não é uma boa, pois por analogia, diríamos que o neutro também é o pino da esquerda.

Opa! Esquerda de quem?

Pois é, do terra é claro. Mas essa afirmação só é válida quando vemos a tomada da forma que ela é apresentada pela norma, com o terra para cima.
É o que mostra a primeira figura.
Atenção pois é comum algumas pessoas montarem extensões e adaptadores considerando os dois terras para baixo, dessa forma haveria inversão entre fase e neutro, um crime para equipamentos eletrônicos.

Melhor então é tentar decorarmos a posição correta da tomada. Ou quem achar mais prático, considerar a inversão do neutro se alinharmos o terra. É o exemplo da próxima figura.

Não muda nada, só a posição da primeira tomada.
A maioria dos fabricantes não marca o “N” do neutro por considerar que a tomada é utilizada tanto em 127V como em 220V.


Lembrando que existem dois tipos de tomadas do novo padrão brasileiro, a de 10A (pino de 4,0mm), para aparelhos que consomem menos como: TVs, DVDs, rádios, etc.; e as de 20A (pinos de 4,8mm), para aparelhos que consomem mais tipo: microondas, secadoras, ferros de passar, condicionador de ar e outros.

O plug de 10 A serve nas duas tomadas, como indicado nessa figura extraída da internet.

Escolha cada uma de acordo com a necessidade dos seus aparelhos, lembrando que o circuito elétrico deve ter fiação e proteção (disjuntores) compatíveis com a carga presumida e as tomadas instaladas.
A segurança da instalação começa com o profissional responsável pela execução da obra. A soma de vários detalhes pode fazer uma grande diferença.

domingo, 24 de abril de 2011

FIAÇÃO DE CHUVEIRO - INSTALAÇÃO ANTIGA

Nesse atendimento ao cliente as condições de conservação e acesso ao forro da casa facilitaram a execução da troca da fiação que estava derretendo. Se todo trampo fosse assim era mole.

Não da pra notar muito bem na foto, mas o fio que sai da caixinha é de 1,5mm² e estava derretendo a tampinha da caixa além de feder queimado.

No entanto o fio que chega ao disjuntor é preto e de 2,5mm².


Depois de abrir o forro deu pra ver o abençoado do fio 1,5mm² e até onde ele vai.

Foram fixos quatro roldanas nas travessa do forro e esticados dois fios 4,0mm² entre elas.



Na outra extremidade esta conectado o fio 2,5mm² que desce ao quadro de disjuntores.





Após abrir o telhado e retirar a fiação antiga só restou substituir a fiação por um circuito novo além da substituição do borne de porcelana.





O tempo médio para troca da fiação de um chuveiro é de 2:00 horas, nesse caso foram gastos 1:20 horas.

Comumente é cobrado entre R$ 50,00 e R$60,00. Nesse caso foi cobrado R$ 40,00.

Apesar da casa conter forro de estuque, que sempre é um dificultador na execução de reformas, a caracteristica da infra estrutura bem dimensionada apesar de ser antiga, foi um facilitador e a distancia curta entre o quadro e o chuveiro foi outro fator importante.

sábado, 29 de maio de 2010

EMENDA TORRADA - QUEM FEZ ISSO?

Um cliente me chamou pra ver porque a luz apagou.
O relato dele foi o seguinte: “Estávamos usando o chuveiro e quando ligaram o microondas a luz começou a piscar e apagou tudo...”
Beleza, vamos ver então.
Tem 220V na caixa do relógio (na minha própria casa já falhou a conexão do ramal da Eletropaulo).
Não chega o 220V no quadro de disjuntores, falta uma das fases.
O forro é de estuque então abri o telhado. Há duas emendas nas fases e neutro da entrada, uma próxima da junção do telhado com a laje da garagem e outra na boca do eletroduto que desce ao quadro.
A instalação é antiga (mais de 10 anos), os fios são rígidos, bitola de 12 AWG (equivalente a 3,3mm² - 20A de capacidade). Só o chuveiro já da 25A, o microondas mais 15A (se não tiver dourador). Ai já deu 40A.
Mas o problema mesmo são as emendas, e como uma imagem diz mais que palavras, olha a criminosa ai.
Legal né... Se esse problema fosse no neutro podia ter queimado muitos equipamentos na casa, o preferido é o computador.
Pois é gente, como ninguém vê a maior parte do serviço do Eletricista, ou às vezes faz um quebra galho e esquece ele lá, é importante observar como o profissional trabalha e qual a sua conduta quando questionado sobre normas e procedimentos.?. Um técnico pode parecer caro, mas é só por que tem picareta fazendo serviço barato, e o barato sai caro. Por acaso você obtura o dente no serralheiro? Fica ai mais esse exemplo da necessidade de adequação das instalações e a previsão de cargas complementares. A qualidade do material também é importante. Prefira os fios flexíveis, pois suas características favorecem a instalação e a reutilização dos acessos (eletrodutos), também a melhor capacidade de condução de corrente e dissipação de calor.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

MISTÉRIO SOLUCIONADO

Em eletricidade muitas coisas são misteriosas, até mesmo para os mais experientes. Mas essa nós até que matamos rápido.

O motor de um ventilador de resfriamento duma máquina superaqueceu e desarmou o disjuntor motor, aquele cheirinho característico de verniz queimado tava lá, o curioso é que fazendo o teste de continuidade, aparentemente estava tudo OK. A mesma resistência foi encontrada entre as pontas do fechamento “estrela” (a rede lá é 380V) e entre os grupos de bobina (1-4; 2-5; 3-6).

Não havia continuidade com a carcaça.

Próximo passo, “megar” o motor, o nosso megômetro utiliza 6 pilhas AA, e como é comum em todo lugar (principalmente em almoxarifado de empresa) não havia as 6 pilhas para utilizar o “mega”, conclusão vamos ligar o motor.


Ligado o motor, corrente de pico, corrente nominal, e vai subindo então desarma o disjuntor. Novas medições, mesmo quadro. Liga de novo, mais 10 seg. e fumaça pra todo lado.

Previsível, que nada. Tem sempre dois ou três encarregados em cima e um gerente de braço crusado, pegando na sua mão e fazendo o serviço pra você.

O pior é que depois de tudo você ainda ouve "Aqui é assim mesmo, você acostuma", e não é pião que fala não.

O legal nisso tudo, é que “linha de produção” é o melhor lugar pra ser vidente, é só pegar um caso desses onde “não dá tempo” de comprar as pilhas ou de abrir o motor pra uma verificação mais a fundo, ai é só falar “vai dar pau” e colher os aplausos pelas suas previsões futuristas.


Conclusão, - “Abre o motor”.
E as pilhas? Não precisa mais. !!!


Não sei se da pra ver, uma das espiras, em determinado momento, se fundiu e danificou também as espiras de baixo que são do mesmo grupo. É esse pontinho na segunda bobina. Com o multímetro não há como verificar essa falha de isolação, pois o contato superficial foi o suficiente para dar continuidade em relação á tensão e corrente do multímetro, bastou mandar corrente de carga que abriu o bico. Foi só levantar a ponta do fio rompido que a bobina parou de conduzir.

É isso ai. Só onde a manutenção é vista como área técnica e não como parte da produção, é que teremos as condições ideais de trabalho, autonomia e confiança, para que sejam feitas as verificações necessárias e que o laudo técnico seja de fato um documento de competência e eficiência dos trabalhos da manutenção. Numa sexta-feira á tarde você ganhar 1 hora pra correr atrás de um motor novo, pode significar sua produção de sábado e até a de segunda-feira, dependendo do caso. É uma questão de gerenciamento de risco, imprescindível numa linha de produção.
Se o motor fosse aberto logo após os testes de continuidade, ganharíamos no mínimo essa uma hora abençoada que muitos gostariam de ter tido.

terça-feira, 13 de abril de 2010

REVISÃO ELÉTRICA

Nesse artigo tratarei de um conceito pouco difundido entre as pessoas que é a necessidade de revisões das instalações elétricas.


Da mesma forma que nossos carros precisam de uma revisão periódica, a nossa instalação elétrica também precisa de alguns cuidados e adequações que implementam a durabilidade e funcionalidade das instalações. Basta compararmos a durabilidade de um automóvel á de uma instalação elétrica, cada parte do carro tem um desgaste diferente conforme a característica da sua aplicação.

Os sistemas de refrigeração, freios, lubrificação, são exemplos de componentes muito exigidos do carro, que devem ser verificados sempre que possível, quando não verificados podem ocasionar sérios riscos.
Da mesma forma que um veículo é projetado para durar algumas décadas, as instalações elétricas também deveriam durar anos sem a necessidade de substituição, porém encontramos diversos casos em que não somente as instalações estão deterioradas, mas também sub-dimensionadas.

Algumas causas dessas falhas são:
• Infra estrutura defasada (sub-dimensionada ou deteriorada).
• Uso de equipamentos além das capacidades dos circuitos (Ex: Chuveiros / Aquecedores).
• Adaptação de circuitos (Ex: Trocar disjuntor de 25A por um de 32A)
• Uso de materiais sem qualidade garantida.
• Contratação de mão de obra não especializada.
• Contensão de gastos.

Não há como negar que a questão de custos é o principal moderador nas negociações de trabalhos contratados.

O que é triste hoje em dia é que da mesma forma que vários utensílios tem se tornado “descartáveis”, esse comodismo causado pela enxurrada de produtos populares tem provocado uma inércia em vários setores, e na vida do Eletricista não é diferente. Hoje eu já não posso recusar um serviço onde o cliente opta pelo preço em relação á qualidade, claro que não haverá risco ao que é executado, mas a contratação de serviços sem aterramento e DR’s é campeã. Por isso ofereço na minha tabela o serviço SIMPLES.

Em alguns reparos realizados tenho verificado a seguinte premissa :

“FUNCIONA ATÉ HOJE, NUNCA DEU PROBLEMA
, ou então
“SÓ VOCÊ RECLAMA”

O fato é que muitas pessoas estão correndo riscos desnecessários ao patrimônio e á suas vidas.

As fotos que estão postadas neste tópico são referentes a tomadas residenciais instaladas num salão onde são utilizados equipamentos de som e iluminação. Devido á sobrecarga da tomada e ao mau contato existente nas emendas houve um curto-circuito seguido de um princípio de incêndio, fato que ocorreu em duas tomadas durante um evento.


O Eletricista (no caso Eu), só foi chamado porque as outras tomadas do palco pararam de funcionar, grande parte do circuito foi substituído e as tomadas trocadas. Se essa falha fosse no palco, poderia ter sido pior pois os equipamentos e acessórios ficam encostados na parede (que uma parte é de madeira).
Onde geralmente acontece esse tipo de problema é nas conexões de chuveiros, que são tão exigidos como os freios dos carros, como citado anteriormente.

Muitas pessoas não pedem uma revisão, primeiro porque está funcionando, segundo por que sabem que tem coisa errada, e o que é mais comum, pedem um laudo que indica a necessidade de intervenção, mas não mandam fazer o serviço, por que ainda funciona (apesar do chuveiro ficar frio no meio do banho) e o custo da reforma é visto como gasto e não como investimento. Além daqueles que acham que o Eletricista ta enrolando eles.


Não é difícil pesquisar e questionar os assuntos referentes á sua segurança. Todo mundo me questiona preço, mas poucos as normas e padrões de segurança (como é o caso de aterramento e dos DR’s).


Invista na sua segurança e no seu conforto, sua vida e sua família são seu maior patrimônio. (Alguém já disse isso, mas serviu.)

Até mais

Alexandre Celso Calado